23/04/19

O arroz doce


Tudo começou em conversa com a minha bestie cá por casa, de que precisávamos de uma panela grande para fazer sopa. 

- Olha, a minha irmã é capaz de ter uma que não precisa. Posso lhe perguntar!

- Boa! Mas quer dizer... também é chato ela trazer a panela, visto que mora um pouco longe - disse eu.

- Pois... Aahhh! Mas nós vamos lá no sábado!

- Vamos.....?

- Sim, não te lembras? Falámos com ela no telefone (videochamada).  E nós dissemos que íamos ao aniversário dela. Dormimos lá.

- Eu?? Eu não disse nada! Tu é que disseste. 

- Catarina!! Até estava cá a Mariana com o arroz doce. Tu concordaste. 

Bom, eis o que se passou: provavelmente tinha a boca cheia de arroz doce - que é só das minhas sobremesas preferidas - e escutei a conversa na diagonal porque estava mais focada a comer honestamente. Não me recordo de ter dito que sim mas, sem dúvida, que não me devo ter manifestado. 

Conclusão: 1) Tenho uma festa de aniversário no fim de semana. 2) Nunca escolher uma sobremesa saborosa numa reunião importante. Desta vez acabou bem mas imaginem, sei lá... se tivesse perdido algum negócio multimilionário!
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"Eu desejava dizer muitas coisas à rapariga que roubava livros, acerca de beleza e brutalidade. Mas o que podia eu dizer-lhe acerca dessas coisas que ela não soubesse já? Queria explicar-lhe que estou constantemente a sobrestimar e a subestimar a raça humana - que raramente me limito a estimá-la. Queria perguntar-lhe como podia a mesma coisa ser tão horrível e tão gloriosa, e as suas palavras e histórias tão nefandas e tão brilhantes", Mark Zusak em " A Rapariga que roubava livros"

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